sexta-feira, 24 de julho de 2015

PROJETO: Economia no consumo de energia e água.


Olá!

Um bom projeto de arquitetura deve ir além da beleza, estética e conforto.
A arquitetura é um misto entre arte e técnica.
Porém, como Niemeyer dizia: "Só existe arquitetura com dinheiro."
Hoje as pessoas que constroem, tanto para uso próprio ou para locação, são investidores, afinal estão colocando seu dinheiro num bem em valorização.
Por isso, ambos buscam o melhor retorno possível com o valor investido.
As dicas que darei abaixo são de fácil aplicação.
Permito-me dizer que um projeto bom e um ótimo possuem o mesmo custo, a diferença está no conceito.

DICAS FUNDAMENTAIS

ILUMINAÇÃO NATURAL

Não é novidade que a economia de energia está entre as primeiras coisas que um projeto deve se preocupar.
Explorar a iluminação natural no projeto é essencial para economia de energia.
O projeto deve inserir janelas viradas para o sol da manhã sempre que possível.
Em relação a telhados e coberturas, há opções no mercado como telhas translúcidas, placas de policarbonato e pergolados.
*imagens tiradas da internet

AQUECIMENTO DE ÁGUA

Outro gasto que pode ser reduzido é o gasto com energia para aquecimento de água para chuveiros e misturadores.
O sistema de aquecimento solar tem um valor acessível que traz um retorno a médio prazo.
O boiler solar é mais barato que o elétrico por ter incentivo do governo e menos impostos.
Esse sistema é simples e funciona muito bem.


VENTILAÇÃO NATURAL

Muitas pessoas ligam o ar condicionado antes mesmo de abrir as janelas e verificar se há necessidade.
Um projeto que se preocupa com a ventilação natural permite um ambiente com uma temperatura amena, deixando a utilização dos aparelhos de ar condicionado para os dias realmente quentes.
O conceito é simples.
O projeto baseia-se nos ventos dominantes do local para inserir aberturas que servem de entradas e saídas de ar.


APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA

O aproveitamento da água de chuva é um assunto conhecido e simples, porém pouco aplicado.
Trata-se da canalização das águas de chuva para um reservatório e sua ligação a pontos como torneiras de jardim, bacias sanitárias, etc.
O projeto deve considerar uma bomba movida a energia solar para o recalque e armazenamento num reservatório superior, evitando assim a pressurização do sistema.
Um sistema bem projetado funciona da seguinte forma:
1 - A água é coletada pelas calhas.
2 - A água é armazenada num reservatório inferior.
3 - A água é recalcada por uma bomba solar.
4 - A água é armazenada para um reservatório superior.
5 - A água é utilizada por pontos como torneiras de jardim, bacias sanitárias, lavatórios de banheiros, etc.
Simples, mas deve ser considerado no projeto para que funcione perfeitamente e não comprometa a estética da edificação.

ARQUITETO

Escolha um arquiteto que leve em consideração esses pontos e consiga inserir todos esses sistemas e conceitos ao projeto.
Com um projeto que leve essas dicas em consideração certamente terá retorno a médio prazo.
Normalmente, o retorno do investimento se dá no prazo de um ano.


Espero ter colaborado.

Abraços.

Até breve.




quinta-feira, 23 de julho de 2015

MORADIA MODERNA: A MÁQUINA DE MORAR.

Olá à todos.
Hoje vou falar um pouco sobre o novo conceito da moradia moderna que atende a grande maioria da população: as máquinas de morar.
Sim, as casas tendem a se tornar cada vez mais parecidas com máquinas e menos parecidas com lares.
A sede do mercado imobiliário por novos negócios reduz a cada dia as dimensões dos imóveis para as classes C e D.
Não é raro encontrar imóveis de 35m² ou 50m² na cidade do Rio de Janeiro.

*imagens tiradas de internet.

A VIDA MODERNA.

A vida moderna e seus novos hábitos exigem novas moradias.
A vida está cada vez mais corrida, pedindo processos mais rápidos e atualização contínua das informações.
A moradia também sofreu com esses novos hábitos.
A casa em si deixou de ser um lar e tornou-se num lugar para dormir e comer.
Contemplar a natureza e ler um livro numa rede na árvore do quintal?
Nem pensar!
Isso tornou-se um absurdo. As pessoas não tem tempo pra isso.
Porém vivemos um paradigma.
A tecnologia nos fez ganhar tempo e sentimos a cada dia ter menos tempo para nós mesmos.
Intrigante.
Vou demonstrar os principais espaços dos imóveis e descrever sua principal alteração de uso nos mesmos.
Então, vamos lá.



A SALA: MÁQUINA DE VER TV.

A sala faz parte da área social da residência, é o local para receber as pessoas.
Hoje muitas salas não passam de 12m².
Em função das dimensões das salas atuais os proprietários não conseguem receber visitas de forma confortável.
As pessoas precisam utilizar as áreas de recepção dos condomínios como os salões de festa, churrasqueiras, etc.
O fato é que a sala perdeu o uso principal e tornou-se num mero local pra ver tv.

O BANHEIRO: MÁQUINA DE HIGIENE.

O banheiro também sofreu alterações.
Os lavatórios tem suas dimensões similares a bebedouros de passarinhos.
Os boxes cada vez menores e desconfortáveis.
Lavar esses banheiros atuais é trabalho para contorcionistas.
Não foi alterado o uso principal, apenas se tornou desconfortável.

A COZINHA: MÁQUINA DE FABRICAR COMIDA.

As cozinhas antigas permitiam que as pessoas se reunissem e conversassem enquanto a dona da casa cozinhava.
Hoje mais do que nunca virou uma máquina de fabricar comida.
Cozinhar foi terceirizado.
Muitas mulheres modernas chegam do trabalho, colocam o arroz numa panela elétrica, o feijão pra descongelar no microondas e um bife no grill, vão tomar banho e quando voltam pra cozinha está pronto o jantar.
A cozinha também perdeu importância.

O QUARTO: MÁQUINA DE DORMIR.

O quarto continua tendo seu principal uso, porém a redução das suas dimensões impactou sobre a recepção de amigos ou reunião da própria família numa área íntima da residência.
Nos quartos de hoje deve-se optar por você e sua esposa ou você suas roupas.

RESUMO DA ÓPERA

Com a redução das dimensões dos imóveis houve alteração dos hábitos da família no que diz respeito a vida social e do prazer de estar em casa.
Infelizmente, conseguir uma casa onde possa ter espaço suficiente para viver com qualidade de vida é para poucos devido o custo elevado.
A geração atual está aprendendo a viver com esses novos hábitos.
É impossível saber onde esses novos hábitos levarão, porém é nítido a desvalorização do lar na vida das pessoas.


Até breve.

Rodrigo Guedes.







terça-feira, 21 de julho de 2015

OBRAS E REFORMAS: Sete pulos do gato.

Muito se fala sobre a crise atual, porém são nesses momentos que os investimentos em obras e reformas em imóveis comprados com as taxas de juros baixas praticadas nos últimos anos trazem mais retorno.

Exemplo:
Você possui um imóvel de R$ 400.000.
Naturalmente a valorização do imóvel será no mínimo igual a inflação, ou seja maior que a poupança.
Além disso o imóvel também gera renda.
A média do aluguel para um imóvel desse valor é de R$ 3.000/mês (logicamente que varia de acordo com as características do imóvel).
Portanto podemos dizer que esse investimento varia entre 6% a 9% ao ano acima da inflação!
É um ótimo retorno!
Podemos dizer que, se a inflação fechar em 10% nesse ano, seu investimento terá gerado entre 16% e 19%!
A razão disso é a perda do poder de compra da população, portanto a procura por imóveis para locação está aumentando e a oferta diminuindo.
Para investidores, a crise é o melhor cenário.

Todo investidor busca agregar valor ao seu imóvel para assim conseguir um valor melhor de locação e aumentar a rentabilidade.
Além dos investidores, pessoas comuns sonham em fazer a obra ou reforma das suas vidas.
Por isso resolvi dar os "pulos dos gatos" para ajudar as pessoas a se atentarem aos pontos fundamentais ao realizar uma obra ou reforma.

*imagens tiradas da internet.

SETE PULOS DO GATO QUE FARÃO VOCÊ ECONOMIZAR MUITO NA SUA OBRA OU REFORMA.

1 - Contratação:

Tenha em mente que quem faz a sua obra são as pessoas e não o material que você compra.
Contrate um empreiteiro confiável (seja ele Arquiteto, Engenheiro ou Técnico de Edificações).
Ao contratar um profissional da área você garante um serviço de qualidade.
Geralmente ao contratar um Arquiteto você imagina algo caro, que é só para ricos, mas para sua surpresa, o valor da contratação será o mesmo.
Como isso é possível?

Exemplo:

Você tem uma cozinha para reformar.
Você irá chamar um pedreiro e um marceneiro e tratar diretamente.
Para os serviços solicitados orçaram em "5x".

No caso do Arquiteto, ele possui uma equipe com um custo de funcionários bem mais em conta.
Seu custo normalmente seria "4x".
Essa diferença de "1x" é o seu lucro.

Além do valor de contratação, você precisa avaliar o custo final, que certamente com um Arquiteto será ainda menor, pois a obra será planejada.
Você receberá ideias de profissionais especializados, além de imagens antes da execução e consultoria na escolha de materiais.

É mais que comprovado: quer economizar? Contrate bem!

2 - Planejamento:

Peça ao arquiteto que explique o cronograma detalhadamente para que a obra siga de maneira rápida e organizada.
Evitando assim problemas amadores como falta de material ou não utilização de determinada máquina devido horário permitido, atrasando sua obra.
Com um bom planejamento de obra você economiza tempo e material, ou seja dinheiro.

3 - Orçamento da obra:

Peça ao arquiteto que explique detalhadamente o orçamento da obra.
Entenda o custo da mão de obra, os valores e quantidades dos materiais.
Você deve ter acesso a uma planilha organizada e de fácil visualização.

4 - Economize na compra de material:
Pesquise!
Peça ao Arquiteto uma lista completa de todo material que será utilizado na obra!
Certamente, cerca de 5% do material da obra não estará nessa lista por se tratar de material de consumo variável, mais provavelmente 95% do custo total estará lá.
Com a lista completa em mãos você deve pedir orçamentos em várias casas de material de construção.
Negocie!
Dessa forma irá conseguir um preço muito melhor!
Com essa estratégia certamente irá conseguir uma economia entre 15% e 25% do custo total.

5 - Imprevistos: Aja de maneira simples.

Imprevisto acontecem e certamente ocorrerão na sua obra.
Agir de maneira simples é a melhor solução sempre.
O custo desses imprevistos devem constar no orçamento como uma verba de 3% à 5% do custo total da obra.
O Arquiteto deve trabalhar para garantir que nada interfira no custo total orçado.
Imprevistos podem acontecer numa surpresa desagradável de tubulação antiga, mas também na saída de linha de produtos orçados anteriormente, por isso sempre aja de maneira simples para achar a solução.

6 - Pagamento: Programação e medições.

O pagamento dos serviços devem ocorrer de acordo com o andamento da obra.
Eu indico trabalhar da seguinte maneira:
Sinal de 20% + medições.
Para cada medição se estipula um desconto sobre a medição de 20% referente ao sinal + 5% de retenção.
Esses 5% deverão ser pagos após a entrega da obra.

Exemplo:
O valor cobrado pela obra foi de R$ 20.000.
Será dado um sinal de 20% (R$ 4.000).
O restante seria pago em medições mensais, ou seja o cliente paga o que foi realizado no mês.
Nesse exemplo vamos supor que o foi realizado 100m² de contrapiso.
O custo do m² do contrapiso no orçamento seria R$ 10,00.
O valor da medição seria de 100m² x R$ 10,00 = R$1.000.
O cliente pagará R$1.000 - 25%= R$750.
Após a entrega da obra o cliente paga os 5% referente a retenção.
Essa programação faz com que tanto o Arquiteto, quanto o cliente sintam-se seguros.

7 - Entrega de obra e pagamento de retenção.

No dia da entrega da obra faça um check-list seguindo a lista dos serviços contratados.
Marque um dia que tenha tempo de ver tudo com calma.
Só pague a retenção após a finalização de todos os serviços contratados.


É isso amigos.
Espero ter colaborado.
Para qualquer dúvida ou ajuda envie, e-mail para arqrodrigoguedes@outlook.com.
E antes de qualquer obra ou reforma, peça um orçamento conosco.

Abraços e até logo.